Mariana: restauração e impunidade
- ADRIANA IBARRA MARRUFFO
- Nov 23, 2020
- 1 min read
Fundações de restauração e apoio às regiões
A Fundação Renova, responsável pela reparação dos danos no caso de Mariana, monitora constantemente a água do Rio e ofereceu uma indenização e auxílio de quase 1 bilhão de reais. Contudo, apesar da lama ter sido retirada, os danos evidentes na comunidade não foram reparados.
A Força tarefa Rede Rio Doce-Mar coleta amostras de animais, água e lama, no Espírito Santo. É a maior pesquisa para medir as consequências desse desastre, contando com quase 500 pesquisadores.
[A Rede Rio Doce Mar nasceu do comprometimento colaborativo de pesquisadores acadêmicos com a preservação da biodiversidade aquática da área afetada pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que aconteceu no dia 5 de novembro de 2015.]

Impunidade
O Ministério Público Federal (MPF), em 2016, denunciou a Samarco e suas donas (Vale e BHP) e a empresa VOG BR, que deu o laudo que considerava a barragem Fundão como estável. Em soma, outras 22 pessoas, executivos e funcionários da mineradora, foram denunciadas por inundação, crimes ambientais e desabamento, bem como outras 21 por homicídio.
Contudo, até setembro de 2019, após quatro anos da tragédia, os responsáveis ainda não foram punidos e o processo paralizado duas vezes na Justiça Federal, seguindo sem data para julgamento.
Os procuradores do MPF dizem que a mineradora tinha consciência dos riscos de um rompimento. E a Samarco alega que sempre deu prioridade à segurança e que nunca reduziu investimentos nesta área.
“O crime não aconteceu no dia 5 de novembro e acabou por aí. O crime continua acontecendo todos os dias na vida de cada atingido” - Simone Maria da Silva (professora de Mariana).

Obrigada pela informação! ❣️